Chile - Dia 5 - Ilha de Páscoa - Orongo, Rano Kau, Ahu Vinapu, Puna a Pau, Ahu Huri a Urenga, Ahu Akivi e Rapa Nui Stargazing

Neste nosso primeiro dia inteiro na Ilha de Páscoa, depois de ter tentando dormir no hotel que estávamos (tive que colocar uma coberta na porta da varanda que não a cobriu por inteiro...), foi dia de conhecer a ilha com os dois passeios de meio dia contratados com a agência IChile


Ahu Akivi, Ilha de Páscoa
Ahu Akivi, Ilha de Páscoa

Neste dia fizemos dois tours de meio dia com a Maururu Travel (via IChile): o Orongo (manhã) e o Akivi (tarde). E contratamos diretamente o Rapa Nui Stargazing para podermos apreciar o céu à noite. Lembrando que é necessário ter comprado previamente o ingresso para o Parque Nacional Rapa Nui.


Durante os trajetos os guias vão passando informações sobre a ilha. Uma delas que mais me impactou foi a de saber que todas as estátuas foram derrubadas durante as guerras entre os clãs e se hoje elas estão de pé é porque foram restauradas. Andando pela Ilha é possível ver moais derrubados das plataformas (ahu). E lembre-se, não é permitido subir no ahu ou tocar no moai porque além de serem protegidos, perto deles (ou abaixo deles) existem ossadas dos ancestrais.


Às 9h da manhã, o pessoal da Maururu nos pegou em nosso hotel e fomos para o Orongo. Orongo é uma vila ceremonial que fica no sudoeste da Ilha, nas margens da cratera do vulcão Rano Kau e por lá eram realizados os rituais de corrida do ovo e o culto ao homem-pássaro. Ali ficavam os "guerreiros" de cada clã e seus treinadores para o evento, que consistia em pular as margens do vulcão e nadar até a Ilha de Motu Nui (e não, não vi a Moana por lá rs), onde eles pegavam os ovos da Andorinhas do mar que usa a ilha para reprodução e eles tinham que chegar com esse ovo intacto na vila, escalando os paredões. Para isso, alguns inclusive cortavam o tendão de aquiles para ter mais mobilidade. Quem chegasse primeiro era o grande vencedor e considerado o Tangata manu (homem-pássaro) e ele (ou o líder do clã) governava a Ilha por um ano. Apenas homens participavam do evento.


Centro de visitantes de Orongo, Ilha de Páscoa
Centro de visitantes de Orongo.

Orongo, Ilha de Páscoa
A vila de Orongo

Orongo, Ilha de Páscoa
Cada abrigo era pra um clã.

Orongo, Ilha de Páscoa
Ilha de Motu Nui, Ilha de Páscoa

Orongo, Ilha de Páscoa
Petróglifo do homem-passaro em Orongo

Os abrigos tinham entrada minúscula como defesa, pois se alguém tentasse invadir, era possível acerta-lhe a cabeça tão logo ela despontasse no interior do abrigo.


Caminhando pela trilha chegamos até a cratera de Rano Kau. Linda demais e com uma biodiversidade única, que não foi e não será estudada porque assim a população local decidiu, pois é o local onde a vegetação original ainda existe, uma vez que ela foi dizimada pela ação do homem e ela abriga um micro clima único que protege as plantas ali da salinidade do mar e dos ventos da ilha. O vulcão está extinto e possui 324m de altura e é formado por fluxos de basalto (a mesma pedra que usam nas partes pretas do calçadão de Copacabana) há mais de 150 mil anos atrás. Na parte norte do vulcão é onde está o Aeroporto da Ilha de Páscoa. Andando pela trilha é possível ver também obsidiana (vidro vulcânico) e pedra-pomes.


Rano Kau, Ilha de Páscoa
Mirador Rano Kau

Rano Kau, Ilha de Páscoa
Rano Kau, Ilha de Páscoa

Rano Kau, Ilha de Páscoa
Rano Kau, Ilha de Páscoa

Hanga Roa, Ilha de Páscoa
Hanga Roa, vista de Rano Kau.

Dali seguimos de van para o Ahu Vinapu, que é um centro ceremonial que inclui um dos maiores ahu da Ilha. Um ahu é uma plataforma cerimonial onde os ancestrais eram adorados, construídos com pedras encaixadas e são a base de muitos moais. Geralmente o ahu está alinhado paralelamente à costa ou em relação às orientações astronômicas. O grande destaque de Vinapu são as grandes pedras basálticas esculpidas e encaixadas perfeitamente, o que leva a pesquisadores a acreditarem que há influência Inca na Ilha (estimam que o Túpac Yupanqui esteve na ilha durante sua expedição ao Pacífico em 1465).


Ahu Vinapu, Ilha de Páscoa
Entrada para o ahu Vinapu, onde você deve mostrar a entrada do parque rapa nui.

Ahu Vinapu, Ilha de Páscoa
Blocos geométricos em ahu vinapu.

Andando um pouco mais é possível conhecer o único moai feminino, pois tem uma figura da genital feminina esculpida na estátua.


Ahu Vinapu, Ilha de Páscoa
Moai feminino.

Depois deste passeio, fomos deixados no centro de Hanga Roa para almoçarmos por volta do meio-dia. Escolhemos o restaurante La Kaleta para comer apreciando a imensidão do Pacífico e a comida estava muito boa.


La Kaleta restaurante, Ilha de Páscoa
La Kaleta restaurante. Estava muito bom.

E para a sobremesa escolhemos ir ao Kona Ere para comer uma torta e tomar um chá. Muito bom também. Uma pena ter fechado.


Kona Ere, Ilha de Páscoa
Kona Ere, onde comemos nossa sobremesa.

Então pegamos a van no ponto marcado às 14h e fomos para o Ahu Akivi, onde ficam sete moai, todos de formatos e tamanhos parecidos, e que está no interior da ilha e não na linha de costa, como a maioria. Estas estátuas estão voltadas para o pôr-do-sol durante o equinócio da primavera e ficam de costas para o nascer do sol durante o equinócio do outono. Atrás da plataforma havia uma área de cremação.


Ahu Akivi, Ilha de Páscoa
Ahu Akivi.

Seguimos entao  para Puna a Pau, uma pequena cratera de onde a escória vermelha que os Rapa Nui usavam para esculpir o pukao (acessório na cabaça do moai), que não se sabe se representa um chapéu ou o cabelo da estátua.


Puna a Pau, Ilha de Páscoa
Entrada de Puna a Pau.

Puna a Pau, Ilha de Páscoa
Pukao ainda no local onde eram feitos.

Partimos para conhecer o Ahu Huri A Urenga, o único moai que tem quatro mãos e sua face olha para o nascer do sol do solstício de inverno e para o ponto nascente das Plêiades (matariki em rapanui).


Ahu Huri a Urenga, Ilha de Páscoa
Ahu Huri a Urenga, ele "olha" para o nascer do sol do solstício de inverno.

Ahu Huri a Urenga, Ilha de Páscoa
Ahu Huri a Urenga, Ilha de Páscoa

Findando o segundo tour, fomos deixados no hotel por volta das 17h. Descansamos um pouco e fomos caminhando para o centrinho para lancharmos e fazermos o Rapa Nui Stargazing. O guia primeiro dá uma pequena palestra de como os ancestrais se guiavam pelas estrelas e conta como os polinésios chegaram à ilha. Então seguimos para pontos da Ilha, longe da cidade e de hotéis para que possamos apreciar as estrelas. Fomos à dois pontos, um no caminho para a praia de Ovahe e outro mais próximo a praia de Anakena, onde está o Ahu Nau Nau. Uma pena ter muitas nuvens no céu neste dia, mas o pouco que deu pra ver foi impressionante. Super recomendo!


Rapa Nui Stargazing, Ilha de Páscoa
Um pouco da aula sobre a importância da astronomia para os Rapa Nui.

Rapa Nui Stargazing, Ilha de Páscoa
Céu super estrelado atrás do Ahu Nau Nau.

Rapa Nui Stargazing, Ilha de Páscoa
Via Láctea no raro momento que o céu abriu.
Rapa Nui Stargazing, Ilha de Páscoa
Brincando um pouco.

Às 22h já estávamos de volta ao hotel e prontas para descansar para o dia seguinte.


Para ver nosso roteiro completo entre Santiago e a Ilha de Páscoa, veja o post com o roteiro de 9 dias.

Se quiser ver as fotos de Santiago, deixo aqui o álbum das fotos que tirei no meu flickr. Para vê-las, basta usar as setas para ir passando as fotos.


Nenhum comentário

Reserve seu hotel

Booking

Seguros de viagem

Aluguel de carro