Neste nosso segundo dia inteiro na Ilha de Páscoa tiramos o dia para fazer o tour de dia todo contratado com a agência IChile. Esse passeio também foi feito com a agência local Maururu Travel (caso você queira contrata-los diretamente). Lembrando que é necessário ter comprado previamente o ingresso para o Parque Nacional Rapa Nui. E lembre-se, não é permitido subir no ahu ou tocar no moai porque além de serem protegidos, perto deles (ou abaixo deles) existem ossadas dos ancestrais.
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Moai em ahu Tongariki com o vulcão Rano Raraku ao fundo. |
A van nos buscou no hotel por volta das 9h da manhã e fomos para o ahu Akahanga (lembrando que Um ahu é uma plataforma cerimonial onde os ancestrais eram adorados, construídos com pedras encaixadas e são a base de muitos moais). O diferencial deste ahu é que lá é o local do enterro do Rei Hotu Matu'a (de acordo com a tradição oral), e a plataforma tem 13 moais de 5 a 7 metros de altura, decorada com pedras vermelhas e com petróglifos erodidos. Todos os moais estão derrubados, o que dá uma ideia de como a ilha ficou no auge de sua decadência, com a guerra entre os clãs. É possível ver algusns pukao rolados (veja no post anterior o que são os pukao) e perceber as escavações dos olhos das estátuas. Atrás do ahu, existe um crematório e uma rampa rústica onde as canoas desembarcavam.
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Entrada para o ahu Akahanga. |
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Moais derrubados do ahu Akahanga. |
Ali você vai conhecer uma vila ancestral, onde poderá entrar e conhecer a caverna
Ana Akahanga que servia de moradia. Perceba também as estruturas das antigas casas que ainda permanecem no chão, o teto era feito de folhagens. Andando pelo local você poderá ver antigos fornos de pedras que eles faziam com 5 pedras, os
umu pae.
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Base das casas da vila ancestral em ahu Akahanga. |
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Um dos moais derrubados e a caverna Akahanga. |
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A entrada da caverna Ana Akahanga. |
Dali seguimos para o ahu Tongariki, que é o maior ahu da Ilha de Páscoa, com 15 moais alinhados de costas para o oceano. Este ahu foi derrubado, como os demais, durante as guerras civis da ilha e depois por um tsunami causado por um terromoto na costa do Chile em 1960. Em 1990 uma equipe de arqueólogos ajudou na restauração e o projeto durou cinco anos. Ainda há um moai arrastado mais à frente para mostrar até onde a onde conseguiu arrastá-los.
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Ahu Tongariki. |
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Um dos moais permaneceu no local onde o tsunami o deixou no Ahu Tongariki. |
Seguimos então para o vulcão Rano Raraku, que foi a principal pedreira da Ilha e de onde os moais foram esculpidos. Saindo da cratera é possível ver estradas para várias direções da ilha, com estátuas dispostas de maneira irregular por elas, como que abandonadas no trajeto. Os principais destaques são os moais ainda a finalizar em umas paredes do vulcão, sendo uma delas enorme com quase 22m de altura e o único moai de joelhos da Ilha, o Tukuturi.
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O Moai ainda a esculpir, sendo o maior de todos encontrados até agora em Rano Raraku. |
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Consegue ver quantos moais a esculpir ai? |
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Várias estátuas moai pelo caminho em Rano Raraku. |
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Um close em dois dos moais em Rano Raraku. |
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Tukuturi, o único moai ajoelhado, em Rano Raraku |
Pelo tour a gente pôde almoçar perto do centro de visitantes, e a comida era simples mas deliciosa.
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Almocinho no Rano Raraku. |
Fomos então para o ahu Te Pitu Kura, localizado na parte Norte da Ilha, onde ficava a maior estátua moai da Ilha, com mais de 10m e pesado 75 toneladas, que foi quebrada em duas parque ao cair final do século XIX. Perto da estátua, há uma pedra magnética arrendodada (Te Pito o Te Henua - o umbigo do mundo), que segundo a tradição oral ela teria sido trazida pelo Rei Hotu Matu'a. As pessoas acreditavam que a pedra tinha poderes de cura e faziam loucuras em cima dela (imagine TUDO!) e por isso ela teve que ser cercada para protegê-la.
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O maior moai em um ahu em ahu Te Pito Kura |
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Pedra magnética que o rei teria trazido, em ahu Te Pito Kura. |
Finalmente fomos para Praia de Anakena, onde visitamos o ahu Nau Nau, restaurado em 1980, por isso é o que está melhor preservado, pois estava enterrado pela areia da praia, e ficando protegido dos ventos. Alguns deles ainda tem o pukao, mas alguns tem apenas parte do corpo; e o ahu Ature, com um único moai, num ponto mais alto e afastado. De acordo com a tradição oral, foi pela praia de anakena que o Rei Hotu Matu'a desembarcou na ilha. Ali pudemos curtir um pouco a praia de areia branca e águas límpidas e geladas.
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Artesanato na Praia de Anakena. |
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Praia de Anakena
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Ahu Ature. |
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Ahu Nau Nau, na Praia de Anakena. |
Chegamos no hotel de volta por volta das 17h. Aproveitamos para descansar um pouco.
Por nossa conta, agendamos o jantar temático Te Ra'ai, uma oportunidade de conhecer os costumes locais e como os antigos faziam suas refeições. O mais legal é que uma das donas é uma brasileira que se casou com um rapanui. Eles nos buscaram e nos levaram de volta para o hotel. O jantar estava gostoso e a forma como eles dançam é de uma energia surpreendente. Nem sei como eles conseguiam ficar com tão pouca roupa com o frio que estava fazendo naquele setembro!! Toda experiência durou umas 2h30.
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Com a pintura facial feita para o jantar temático Te Ra'ai. |
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O jantar em si do Te Ra'ai. |
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Os dançarinos durante o jantar. |
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Um pouco da apresentação do Te Ra'ai. |
Às 23h já estávamos de volta em nosso hotel para podermos descansar e aproveitar mais um dia na ilha.
Para ver nosso roteiro completo entre Santiago e a Ilha de Páscoa, veja o post com o
roteiro de 9 dias.
Se quiser ver as fotos de Santiago, deixo aqui o álbum das fotos que tirei no meu
flickr. Para vê-las, basta usar as setas para ir passando as fotos.
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