Chapada Diamantina (BA)

Desde os tempos da faculdade, ouço falar da Chapada Diamantina, na Bahia, inclusive tenho uma amiga que é apaixonada pelo local e sempre que pode escapa para lá, levando seu filho desde pequeno, que hoje, já adolescente também adora passar dias neste local. Mas eu mesma nunca entendi porque tanta paixão... até que o mundo dá voltas e o trabalho te manda para lá, fazer um curso de campo para aprender um pouco mais de Geologia e lá estava eu, encantada com o  lugar, mas sem poder aproveitar, já que estava a trabalho, mas um dia hei de voltar e dessa vez com as meninas a tiracolo!! 

Chapada Diamantina, vista da BR-242. 

Enquanto isso, deixa eu contar para vocês como foi essa viagem e o pouco que vi da Chapada. Quem vem comigo?

A Chapada Diamantina é um terreno bem velho, mas muito antigo mesmo, sabe coisas de milhões de anos atrás, da época que nem vida na Terra existia. Depois de tanto mexe e remexe da crosta terrestre, a Chapada hoje guarda ainda resquícios dos tempos que era apenas uma linha de costa com barras de maré e desertos,  mas também nos mostra linhas de falhas e fraturas e dobras aqui e acolá. Ok! Chega de papo de geólogo e vamos pra parte turística da coisa?! hahahaha


A Chapada Diamantina

Nesta região você vai encontrar serras, que foram o Parque Nacional da Chapada Diamantina, bem no meio geográfico do Estado da Bahia, que foi fundado em 1985 visando proteger as belezas do lugar, uma vez que ele é rico em bens minerais e assim evitaria a depredação local. São mais de 1,5 milhões de quilômetros quadrados de natureza para serem explorados de modo sustentável por mim e por você. Além disso, é o berço de rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas, formando inúmeras cachoeiras e riachos com águas transparentes.

A região é formada pelos municípios de Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Ibitiara, Iramaia, Iraquara, Itaetê, Jussiape, Lençóis (onde ficamos), Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Mucugê, Nova Redenção, Novo Horizonte, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Utinga e Wagner.

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O Parque Nacional da Chapada Diamantina atrai turistas que buscam tranquilidade e aventuras em cachoeiras, grutas, cânions e vales. É destino certo para amantes de trilhas e caminhadas.

Morro do Pai Inácio. Vista fantástica.

Uma das principais cidades da região é a cidade de Lençóis, fundada em 1844, surgida com a descobertas de jazidas de diamante. É dito que o nome vem dos lagedos por onde passa o rio (hoje "Rio Lençóis") serra abaixo, parecendo um lençol bordado. No local eram explorados os diamantes através de garimpo, que assoreou alguns rios. Com a grande procura da pedra na região, ela logo se esgotou e a cidade voltou-se para o turismo, principalmente quando em 1973 foi tombada pelo IPHAN como Patrimônio Nacional. A cidade me lembrou uma mistura de Salvador (perto do Pelourinho) com Ouro Preto, com suas ruas de paralelepípedos e arquitetura antiga, com casarões de época e ladeiras pela cidade.

Cidade de Lençóis, Bahia. 


O que fazer

Há roteiros para todos os perfis: famílias com crianças, aventureiros, casais em lua de mel. Para os mais animados é possível fazer caminhadas que levam dias para cruzar a Chapada, como a Vale do Pati, com 70km de extensão, ou andar alguns quilômetros (6km - cerca de 2h) para apreciar a Cachoeira da Fumaça (com 340m de queda) de cima (para vê-la de baixo, é necessário fazer uma caminhada de três dias a partir de Lençóis). Quem gosta de grutas, vai se acabar na Chapada também, sendo possível conhecer grutas como a Gruta da Lapa Doce, Gruta da Pratinha, Gruta do Poço Encantado, entre outras. É tradicional visitar também o Morro do Pai Inácio.

Uma das quedas do Rio São José, perto do restaurante Mucugêzinho. Chapada Diamantina, 

A Chapada Diamantina é o seu destino se você procura fazer ecoturismo de qualidade. Pela cidade vi várias agências de turismo com guias locais, bons restaurantes (vou falar de alguns nos próximos posts), e boas hospedagens. 
 

Para chegar

Vou focar em Lençóis que foi onde fiquei hospedada, ok?
Nós fomos de avião, partindo do Rio de Janeiro com parada em Confins para troca de avião com destino  à Lençóis (o aeroporto fica em Tanquinho), pela Azul. Existe ainda outro voo saindo de Salvador para a cidade, mas também pela Azul Linhas Aéreas. De Tanquinho para Lençóis nós fomos de van, não prestei atenção em táxi, mas acredito que tenha disponível. Veja com o hotel que irá se hospedar qual a melhor forma de chegar até ele do aeroporto.
É possível chegar em Lençóis de carro. De Salvador, pega-se a BR-242, encarando 426km, passando por Feira de Santana. A estrada está bem boas condições, mas tem MUITO caminhão e deve-se ter cautela na direção.

Vista do Morro do Pai Inácio. 


Onde hospedar-se

São inúmeras as opções de hospedagem em Lençóis. Só no Booking é possível encontrar mais de 70 propriedades cadastradas. Eu fiquei hospedada no Hotel de Lençois e super recomendo.
Nas cidades menores, existe a possibilidade de hospedar-se na casa de moradores, mas para isso aconselho a entrar em contato com uma agência local.


Dicas

  1.  Leve dinheiro. A única agência bancária da cidade é do Banco do Brasil e não é interligada em nenhuma rede 24h de outro banco. E mesmo assim é perigoso ficar sem grana, pois quando estávamos lá houve um problema com as linhas telefônicas e nem cartão funcionava, nem o caixa eletrônico do BB.
  2. Por falar em cartão, são raros os locais que aceitam. Não consegui fazer o cartão funcionar em nenhuma farmácia que fui.
  3. Protetor solar, repelente, boné, óculos de sol, biscoitos e água são itens que não podem faltar da sua bolsa.
  4. Baterias de celular e máquina fotográfica sempre carregadas ao sair da hospedagem. Você não vai querer ficar sem o registro da sua viagem, né?
  5. Roupas confortáveis para a caminhada, assim como calçado adequado. Salto alto não combina com trilha, muito menos com o calçamento da cidade.
  6. Observe a temporada de chuvas, para não ser pego de surpresa. Assim, evite viajar para lá entre os meses de novembro e março.

Pôr-do-Sol no Morro do Pai Inácio. Espetáculo. 



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