Quer saber o que fazer em Diamantina em dois dias (e meio)? Vem com a gente que eu te conto.
No dia que chegamos, viemos de
Serro pelo Caminho dos Diamantes (como já contei no post
Estrada Real - Caminho dos Diamantes - Serro a Diamantina) e passamos na
Gruta do Salitre, mas os moradores a quem pedimos referência falaram que não era bom largar o carro ali e descer com risco de assalto (😭). Ficamos com medo, só o Cleber desceu e mesmo assim não foi até o final, porque eu havia ficado com as meninas no carro... Seguimos então para o bairro
Extração (também conhecido como
Curralinho), que é um pequeno vilarejo que parou no tempo, fomos até uma pequena represa que tem ali, mas como estava cheia de gente fiquei sem graça e optei para seguir para o Hotel.
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Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Vilarejo de Curralinho.
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Chegando no hotel da reserva e da frustação inicial, decidimos trocar de hotel e seguimos para a
Pousada Relíquias do Tempo. A noite fomos buscar um local para jantar, e como a pousada fica no centro de Diamantina fizemos uma busca rápida no
tripadvisor e fomos jantar no
Restaurante Deguste (Praça Jouberte Guerra, 36). O local serve massa e crepes maravilhosos. O engraçado foi na volta que estava tendo missa na Igreja de Santo Antônio e enquanto os mais velhos estavam rezando e coisa e tal, as crianças e adolescentes estavam caçando pokemon para cima e para baixo!
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Restaurante Deguste. Delícia!!
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Booking traz pra você.
Segunda
A ideia inicial era passear pelas atrações do centro da cidade, pois a gente não aguentava mais andar de carro, mas TUDO na cidade fecha na segunda!! Assim tivemos que mudar a ideia e foi ótimo. Fomos até o
Parque Estadual do Biribiri. E foi uma delícia! Uma pena não ter confiado no clima, porque estava friozinho na noite e no início da manhã e não levamos roupa de banho para curtir a cachoeira... Entramos até onde dava na
Cachoeira do Sentinela e a água estava uma delícia!! Que lugar maravilhoso.
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Cachoeira do Sentinela (primeiro nível).
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Depois fomos até a
Cachoeira dos Cristais, mas só para tirar uma foto, porque já estaávamos famintos e partimos para a
Vila de Biriribi, onde almoçamos no
Bar e Restaurante Adilson, comida simples mas deliciosa!!! (O pessoal indica ir primeiro na vila fazer a reserva da comida, porque é feita na hora e pode demorar a sair e depois aproveitar as cachoeiras).
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Vila de Biribiri.
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Bar e Restaurante Adilson, Vila de Biribiri.
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O acesso até a vila é feito por estrada de terra (todo o percurso, incluindo as cachoeiras, foi de 21km), mas acessível a qualquer carro (ok, um 4x4 você vai sem dó rs). Na volta passamos pelos
Poço do Estudante e Poço da Água Limpa que estava cheios de gente (talvez pela hora, porque já era umas 16h e ficam mais perto da entrada). Nossa trilha no wikiloc pode ser vista
aqui.
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Cachoeira dos Cristais.
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A noite fomos jantar num dos poucos restaurantes abertos para jantar na segunda: o
Restaurante Grupiara. Pedimos dois tipos de macarrão com molho e foi uma fartura. Muito bom e melhor de tudo: barato.
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Restaurante Grupiara, Diamantina. |
Terça
Aproveitamos este dia para passear pela cidade e andamos uns 4,6 km (segundo o
wikiloc, sim a "loka" gravou rs).
Saímos da
Pousada Relíquias do Tempo e fomos na
loja de artesanato Relíquias do Vale e compramos algumas lembranças da viagem (eles entregam no hotel sem custo e chegou tudo bem embaladinho). Depois subimos a Rua da Glória para irmos conhecer a Casa da Glória, onde funciona o Instituto de Geologia da UFMG. A
Casa da Glória é uma construção do Século 18 e seu nome é em homenagem à primeira dona: Sra Josefa Maria da Glória. A Casa já pertenceu ao Estado, à Igreja (que adquiriu o prédio em frente e fez o
Passadiço da Glória - uma das obras mais fotografadas de Diamantina), a pesquisadores alemães (que fundaram o Instituto Eschewege) e hoje pertence à UFMG.
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Casa da Glória e o Passadiço. |
Em seguida terminamos de subir a Ladeira da Rua da Glória, e entramos no Beco das Craveiras para irmos até a
Casa de JK, para pegar o carimbo de nosso passaporte. Chegando lá, ao mostrar os passaportes a atendente disse que tinha ordem de somente dar o carimbo para aqueles que visitassem a Casa (pagando obviamente). Achei um abuso tremendo, pois em nenhum lugar de TODOS os pontos de carimbo do Caminho Novo e do Caminho dos Diamantes que passamos pediu algo semelhante. Por isso tomei raiva e nem visitei o lugar.
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Casa JK. Diamantina.
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E já estava cansada porque é cansativo as ladeiras, ainda mais com 2 crianças para escutar isso! Descemos a Rua São Francisco até a pracinha em frente à
Igreja de São Francisco de Assis que estava em reformas.
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Igreja de São Francisco de Assis.
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Fomos na praça onde fica o
Mercado Municipal, mas tudo que achamos foi um monte de ferro sem ninguém.
fuen fuen fuen
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Mercado Municipal, Diamantina.
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Como já tínhamos andado até ali, paramos para almoçar no
Restaurante Apocalipse, que estava cheio de turista (ônibus e tudo). A comida é boa e é em sistema
self service. Nossa sorte que o pessoal do ônibus saiu quando procurávamos mesa rs. O ruim dele são as escadas para subir, nada acessível para cadeirantes e pessoas com carrinhos de bebê. Passmos nas lojinhas de pedras que tem por ali (mas sem comprar nadica de nada rs).
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Restaurante Apocalipse.
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Passamos pela
Igreja do Amparo, I
greja do Bonfim e
Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Mas nem entramos nas três.
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Igreja do Senhor do Bonfim.
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Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
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Chegamos então na
Casa de Chica da Silva, um solário do Século 18, que foi residência da famosa personalidade de Diamantina e hoje abriga a sede do IPHAN. Confesso que esperava muito mais. Não há móveis de época, nada. A única referência à Chica são umas pinturas de uma exposição que havia ali.
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Interior da Casa de Chica da Silva, Diamantina.
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Descemos o Beco do Mota, passando na Rua da Quitanda para irmos no
Receptivo Minas Gerais para finalmente pegarmos nosso
carimbo do Passaporte da Estrada Real. E como já estávamos ali, pegamos nossos adesivos e o certificado de conclusão do
Caminho dos Diamantes. O receptivo fica no segundo andar.
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Nossos certificados do Caminho dos Diamantes da Estrada Real que retiramos no Receptivo Minas Gerais. |
Passamos pela
Catedral Metropolitana de Santo Antônio e no
Museu do Diamante. O museu funciona num casario do Século 18, sendo proibido fotografar e foi outra frustração. Mas acho que é mais pelo nome do que pela coleção. Porque o nome remete à Diamante, então achei que teria uma bela coleção das pedras e tudo mais (até porque o lado geólogo grita messa hora!). O Museu tem um roteiro a ser seguido e com uma guia do próprio lugar. Você passa por vários ambientes da casa, com vários "cenários" dos Séculos 17 a 19. E apenas no final que você chega num cenário com uma maquete de garimpo e mostra de artefatos usados no garimpo e apenas uns diamantes micro e outras pedras preciosas e semi-preciosas. Na verdade acho que o museu deveria se chamar
Museu de Diamantina, porque aí seria mais adequado ao que há na coleção.
=P
Depois de quase 5h andando, voltamos para o hotel para aproveitar o chá da tarde e descansarmos.
A noite, optamos em voltar para o Restaurante Deguste para comer o crepe novamente, pois é realmente gostoso.
Quarta
Fizemos
Check-out da Pousada e partimos rumo a Sabará, para conhecermos uma das cidades do Caminho Sabarabuçu, não muito conhecido e que faz parte também da Estrada Real.
E você, quanto tempo passou em Diamantina. Acho que nós precisávamos de mais um, pois não fomos conhecer as demais cachoeiras da região, que é linda e merecem a sua visita. Se você quiser dica de cachoeiras, veja o post da Liliane no Trilhas e Cantos com
várias dicas de Cachoeiras de Diamantina e região.
Conheci Diamantina em 2015 e me encantei por esse lugar. Vocês me animaram em retornar logo! rs Parabéns pelo material!
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