Estrada Real nas férias

Finalmente, vou conseguir começar a escrever sobre nossas férias de Agosto e nossa experiência na Estrada Real. 

Marco da Estrada Real no Caminho dos Diamantes. Agosto/2016

Quem nos acompanha há algum tempo já deve conhecer nosso projeto "E aí, Férias! na Estrada Real", que tinha ideia inicial de fazer todo o percurso durante nossas férias em nosso 4x4 (uma Pajero TR4) com a família. Ideia é uma coisa, fazer acontecer é outra. Primeiro que conseguir qualquer apoio é muito difícil e tudo sai do nosso bolso, nada foi dado ou oferecido gratuitamente. E com crianças, o planejamento deve ser bem estudado para minimizar as surpresas pelo caminho.

Sendo assim, na Páscoa decidimos fazer alguns trechos para testar nosso planejamento, a Estrada em si, e nossa paciência, afinal seriam dias dentro de um carro com 4 pessoas, quicando por aí. Você pode conferir como foi nos posts anteriores a este, quando fizemos o trecho do Caminho Novo entre Itaipava e Barbacena

Dessa experiência de 3 dias nós decidimos:
  1. Focar nas cidades e não na estrada de terra em si. Como estávamos em um único carro, se atolássemos, furássemos pneu ou qualquer outra surpresa acontecesse, seria por nossa conta e risco, muitas vezes em lugares onde celular não pega e ficar a mercê de radio-amadorismo não sei se seria uma boa ideia. A gente perdeu muito tempo em estrada de terra que poderia ter sido melhor gasto nas atrações que as cidades do caminho oferecem. Talvez se estivéssemos em comboio, claro, estrada de terra seria a opção.
  2. Ao fazer estrada de terra, sempre optar por fazer o trecho com luz do sol, com tempo bom. Assim, minimizaríamos os riscos. Se fosse para pegar estrada de terra às 14h, optaríamos em desviar pelo asfalto.
  3. Entretenimento para as crianças não poderia faltar. Muito menos comida e água. E óbvio, combustível, não saímos das cidades sem o tanque estar cheio. Vai que não tem combustível no próximo lugarejo?!
  4. Locais de pernoite já agendados, assim ganhamos tempo na cidade, ao invés de buscar onde dormir. E claro, preço muitas vezes é melhor quando há agendamento com antecedência.
  5. Organização. As malas deveriam estar bem organizadas para evitar que tirássemos tudo todo dia do carro. Ainda mais no trecho que fizemos uma cidade por dia. Já pensou tirar 4 malas todo santo dia do carro?!
  6. Planejar todo o caminho pelo Google Maps, baixando-o para o celular e usar no wikiloc que não precisa de 3G para funcionar. E claro, manter tudo impresso para algum imprevisto com o celular. 
TR4 Deadpool (ainda limpa) marcando presença na Estrada Real. Julho/2016

Mesmo com tudo isso, alguns imprevistos em agosto aconteceram: esqueci a bateria da câmera em casa, acredita?!?!?! Gastamos algumas horas em Ouro Preto tentando resolver isso, comprando adaptador que não dava conta de carregar, deixando a bateria numa loja de câmera para carregar, tanta coisa que só fez estragar a bateria. A sorte é que tínhamos duas e apelamos para o Mercado Livre, onde compramos uma e enviamos para Diamantina. Além da bateria, esquecemos os copos de leite das meninas... Mas isso foi resolvido comprando algo com canudo para as meninas no mercado em Ouro Preto.

Bom, só pra vocês terem ideia, vamos aos números  apenas dessa viagem:
  • 1928km percorridos
  • 310L de gasolina (comum e/ou aditivada)
  • 6,2 km/L de consumo médio (Pior = 3,8km/L em estrada de terra, Melhor = 8km/L no asfalto, na volta).
  • 1427m de altitude máxima
  • 0 dias de chuva
  • 16 dias de sol
  • 2 idas para o subsolo 
  • 2L de água doadas para um ciclista morto de sede no meio da Serra do Espinhaço
  • 1 carrapato
  • 1 multa em Esmeraldas (MG)
  • dezenas de picadas de borrachudo
  • 9 cidades diferentes de pernoite
  • 10 hoteis testados (sim, trocamos de hotel, eram pra ter sido 11, mas não tinha vaga numa das cidades =/ )
  • 26 carimbos no passaporte
  • dezenas de igrejas visitadas
  • outras dezenas de atrações turísticas visitadas

A experiência foi enriquecedora e indico demais fazer um trecho da Estrada Real. Principalmente visitar as cidades históricas, como Ouro Preto, Diamantina e Tiradentes, mas óbvio que cidades pequenas como Serro e Congonhas não podem ser deixadas de lado. Acompanhe a série de posts que virá, tem muita coisa para dizer, muita dica, perrengue, para a gente conversar. =D

Nenhum comentário

Reserve seu hotel

Booking

Seguros de viagem

Aluguel de carro