Estrada Real - Caminho Velho - Baependi a Caxambu (MG)

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 23 DE ABRIL DE 2024.

No sábado de carnaval decidimos fazer um trecho do Caminho Velho da Estrada Real para testarmos como seria a navegação com as planinhas e o uso do wikiloc para nos auxiliar na condução. Como estávamos na casa de familiares, optamos por deixar as meninas com os avós para não termos distrações e elas poderem curtir um pouco a família mineira.

Santuário de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Nhá Chica, é uma das atrações de Baependi (MG). 

O caminho escolhido foi de Baependi até São Lourenço, o que daria 1 trecho e meio das planilhas do Instituto Estrada Real. Entramos no site e baixamos as planilhas de Cruzília até Caxambu e de Caxambu até São Lourenço. Carregamos no nosso celular dois rastros de GPS que já haviam sido carregados por um usuário do wikiloc, mas que havia percorrido o caminho de bicicleta.

Assim, partimos de Cambuquira para Baependi, pela Rodovias BR-267 e BR-383, levando cerca de 1h no trajeto. O trecho é tranquilo, com bom asfalto. Chegando lá fomos direto conhecer a cidade de Baependi.

Portal da cidade de Baependi (MG). 


Baependi

A cidade de 18 mil habitantes possui esse nome em referência ao Rio Baependi que atravessa o município, que significa, em tupi, "rio do monstro marinho".

Baependi ao fundo, vista pela Estrada Real.

A região ficou conhecida no século XVII, quando paulistas transpuseram a Serra da Mantiqueira em busca de ouro. A cidade se desenvolveu ao longo do caminho da Estrada Real. No século XVIII, a mineração foi substituída pela agricultura e criação de gado, perdurando até hoje, juntamente com outras atividades, como o turismo, já que a cidade é cercada por montanhas, rios e muitas cachoeiras.

A cidade destaca-se também por sua religiosidade, com grandes comemorações na Semana Santa e por ser lar de Nhá Chica, a primeira leiga e negra brasileira a ser declarada beata pela Igreja católica, em 2013. O Santuário de Nossa Senhora da Conceiçao é mais conhecida por Igreja Nhá Chica e abriga a antiga sepultura da beata e seus restos mortais no altar, em uma urna de granito, onde os fiéis fazem suas orações. Além da Igreja Nhá Chica, é possível visitar a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Montserrat, em frente à Praça da Matriz.

Teto da Igreja Nhá Chica. 

Antiga sepultura da Nhá Chica, dentro da Igreja Nhá Chica.

Altar da Igreja Nhá Chica.

Urna com os restos mortais da beata na Igreja Nhá Chica.

Fachada da Igreja da Matriz. 

Conheça a história da Nhá Chica, contada pelo blog Expressinha.

Quanto à natureza, Baependi abriga o Parque Nacional do Papagaio e várias cachoeiras, destacando-se as cachoeiras do Espraiado do Gamarra, do Itaúna, do Juju, do Moinho, Honorato Ferreira, Cavalo Baio (a 4ª maior do país, com215m de altura), Usina, Inferninho, Caldeirão, Três Quedas e do Caixão Branco. Como pode haver pouca sinalização, é mais indicado contratar um guia da cidade para chegar até elas e para saber se o acesso é permitido ou utilizar o aplicativo Cachoeiras da Estrada Real.

Para aqueles que estão percorrendo a Estrada Real, nesta cidade é possível carimbar o passaporte em dois lugares:
  1. Centro de Atendimento ao Turista, no portal de entrada da cidade.
  2. Igreja Nhá Chica, na Rua da Conceição, 165.
Nós passamos pelo CAT, mas o mesmo estava deserto... Seguimos então para a Igreja para conhecê-la. A igreja é simples, grande, mas muito bonita. Haviam muitos fiéis fazendo suas orações. Fomos até a lojinha da Igreja, pois é lá que o carimbo é feito e aproveitamos para garantir um pequeno terço para proteção para esta longa jornada que nos propusemos a fazer.

Já que o CAT estava fechado, nos resta tirar foto da parede com o mapa das atrações da cidade. 

Carimbando o passaporte na Igreja de Nhá Chica. 

Depois de conseguirmos o 4º carimbo em nossos passaportes, fomos buscar o marco da Estrada Real para seguirmos até Caxambu. O engraçado é que você pergunta para os moradores e parece que está falando grego (já discuti isso aqui no post "Vamos conversar sobre o turismo no Brasil?")... Então finalmente achamos o primeiro marco deste trecho, na esquina da Avenida Berenice Catão com a Rua Emilio Patrocínio Nogueira, próximo ao Estádio, de número 1106.

O primeiro marco do trecho fica perto do Estádio.

Detalhe da placa do marco 1106, em Baependi (MG).

Segundo marco do trecho, de número 1107.

No marco 1107 começa o trecho de estrada de terra da Estrada Real. 

Nos moldes de "onde está wally?"

Marco 1110, em frente à Rua Sucupira, já em Caxambu, escondido no meio do mato...

O trecho é bem tranquilo, mesclando trechos de terra batida, com asfalto em péssimas condições e paralelepípedos, onde qualquer carro pode ir, mesmo em época de chuvas, desde que atente aos vários buracos no caminho. Percorremos os quase 8km em 25 minutos. Caso você interesse, carreguei a trilha no wikiloc e você poderá baixar para usar em seu aplicativo.

Estrada Real - carregado pelo usuário Estrada Real 2009 no wikiloc.

Nosso Trajeto na Estrada Real, feito em fevereiro/2016.

A Bruna do blog Expressinha fez um post com as cachoeiras de Baependi que recomendo que você leia para pegar as dicas.

2 comentários

  1. Estou montando minha rota para o circuito das águas... e acabei achando vocês... já li várias postagens.
    Nunca tinha me interessado em carimbar passaportes, mas estou pensando em fazer isso, srsrsr.
    Vocês são ótimos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada =D
      Mas o passaporte da Estrada Real tem que ser pego em uma das 5 cidades que tem. Já viu a lista no post sobre o Projeto da Estrada Real?

      Excluir

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