Zurique era nosso destino final na Suíça, mas acabamos trocando por
Lucerna, mas nem por isso deixamos de ir conhecer a cidade, pelo menos seu centro histórico, mesmo cientes de que deixaríamos muita coisa para trás, mas isso é sempre uma ótima desculpas para voltar, não é mesmo?
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O Centro Histórico de Zurique é dividido pelo Rio Limmat. |
Em nossa ida para Lucerna, nós chegamos em Zurique vindos de
trem a partir de Frankfurt,
pegamos nosso carro alugado, seguimos para
Lucerna, mas não sem antes passar na
loja de fábrica da Lindt, onde fizemos a festa e compramos uns 8kg de chocolate que estou comendo até hoje, acredite!!
Nosso último dia na Suíça, optamos em deixar Lucerna pela manhã e seguir com nosso carro até Zurique. A ideia era ir até a colina
Üetliberg de carro no estacionamento da
Birmensdorferstrasse 12, para pegar o trem na estação
Uitikon Waldegg e seguir até a
Uetliberg. Mas se você estiver sem carro, pode ir de trem a partir da estação de trem de Zurique. Mas a preguiça do cansaço acumulado dos últimos dias, fez com essa ideia fosse deixada de lado. 😢
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Assim, chegamos em Zurique apenas às 12h50 e deixamos o carro no estacionamento Parkhaus Urania, na
Uraniastrasse 3.
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Entrada do Parkhaus Urania. |
Nosso Walking Tour estava agendado para às 15h e como não sabíamos o que íamos conhecer, optamos em não andar muito pela cidade para não tirar a surpresa e fomos procurar um lugar para almoçar. Minha amiga apelou! Queria porque queria comer num McDonald's para ver se é tudo igual mesmo, e claro não podia deixá-la com essa dúvida. Quem nunca?! 😁
Achamos um
McDonald's na
Löwenstrasse 53 e claro, pedimos um Big Mac cada uma (uns CHF 10,70 cada combo). Subimos para o segundo andar onde tinham mesas vagas. Depois do lanche aproveitamos para usar o banheiro que tem senha para usar. Nem me pergunte como descobrimos e qual era porque já esqueci
(não me mate!!).
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Fachada do McDonald's. |
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Big Mac. Igual em qualquer lugar do mundo!! |
Seguimos para a estação de trem, e fomos até o
Visit Zurich retirar o kit que haviam disponibilizado: o
ZurichCard e o voucher do Walking Tour.
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Interior da loja de Atendimento ao Turista de Zurique, dentro da Estação de trens da cidade. |
Como ainda era cedo e a secura por doce estava atacando, caí de amores pela
Confiserie Sprüngli que tem na estação de Zurique e claro provei os biscoitinhos que tinham uma cara ótima (CHF 9,60 / 100g). Aliás, tudo ali é moldado com perfeição! Os biscoitinhos estavam bons, nada "divino", mas estavam gostosos. Para quem gosta de
luxemburgeli (os macarrons) custa CHF 12,80 / 100g.
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Balcão da Confiserie Sprüngli. |
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Torta de framboesa da Sprüngli. "Meros" CHF 48. |
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Biscoitos da Sprüngli. 100g = CHF 9,60 |
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A parte "salgada" da Sprüngli. |
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Mais delícias da Sprüngli. |
O único ruim é que eles não tem lugar para você se sentar para comer e tive que apelar porque em nenhum lugar da estação de trem havia bancos! Apenas tinham bancos onde era área de fumante e eu me recusei a provar meus biscoitos em meio a tanta fumaça! A única solução foi a mais absurda: fomos para a área de atendimento ao público de vendas de passagem de trem, que era atendimento por senha. Fingimos que pegamos um número e sentei ali para comer e descansar, era o único lugar com ar condicionado! rs E o medo do segurança vir e expulsar a gente? kkkkkkkkk No final deu tudo certo.
Faltando 15 minutos antes do
Walking Tour - Stories of the Old Town seguimos para o ponto de encontro onde já estavam algumas pessoas. Haviam ali todas as nacionalidades, como portugueses, norte-americanos, alemães. Como o grupo era multinacional, a guia repetia tudo tanto em alemão quanto em inglês. O Walking Tour tem custo atual (novembro/2017) de CHF 25 / Adulto (crianças entre 6 e 15 anos pagam meia, sendo gratuito para menores de 6 anos).
O Passeio Guiado é feito a pé, e nosso grupo tinha umas quinze pessoas, fora a guia, e durou um pouco mais de 2h. Todo ponto que íamos ela explicava um pouco da cidade, com a história do lugar e sua importância para os locais.
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A estátua do Anjo que protege a Estação de Trem de Zurique. |
Nós passamos pelos seguintes locais:
- Hauptbanhnof: a estação de trem de Zurique, de onde sai o passeio
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A fachada da Bahnhof de Zurique. A Estátua homenageia Alfred Escher, renomado político da cidade, empresário e pioneiro ferroviário. Foi ele quem abriu as primeiras grandes ferrovias da Suíça, com a construções de túneis cortando as montanhas. |
- Andamos pela bahnhofstrasse até a Pestalozzi-Anlage, um pequeno "parque" criado em homenagem a Johann Heinrich Pestalozzi, um grande educador nascido na cidade, que desejava que todas as crianças recebessem educação, independente de crença, condição financeira ou sexo. Ali funcionava uma antiga escola para meninos, que foi demolida na década de 1960, restando apenas a área de recreação das crianças. Hoje há uma estátua em memória a Pestalozzi.
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Pestalozzi-Anlage. |
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Antigo bondinho de Zurique ainda em circulação. |
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Caminhando pela Bahnhofstrasse de Zurique. |
- Chegamos no Rio Limmat na altura da ponte Rudolf-Brun-Brücke, onde a guia explicou sobre alguns prédios e suas peculiaridades: a existência de janelas "avançadas" na fachada dos prédios eram para mostrar que ali viviam famílias abastadas; prédios no Centro Histórico são disputadíssimos ($$) pois oferecem uma vista única da cidade, que é toda plana; em toda Zurique existem pontos com bebedouros (uns 1200!!) e apenas uma não tem água potável: a da estação de trem. E acredite, mesmo no dia quente a água sai geladinha e refrescante.
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Centro Histórico de Zurique e o Rio Limmat |
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Em destaque a sacada de alguma família endinheirada, e ao fundo a Torre do Relógio da Igreja de São Pedro. |
- Caminhamos pela Schipfe, onde paramos a beira do Rio Limmat para descansar e aprender mais um pouco sobre a cidade. Ai passamos por debaixo de um prédio antigo que era onde os suíços tomavam seu banho anual (sim anual!). Pensa em como devia ser isso!! Subimos a escadaria a direita ao final do "beira-rio", até chegarmos na Wohllebgasse e então na Pfalzgasse para chegarmos no Parque Lindenhof. O Parque Lindenhof fica numa colina perto do Rio Limmat, bem no centro do Centro Histórico de Zurique e ali havia um "hotel para reis" que viajam por toda Europa. Quando a Suíça tornou-se "do povo", as grandes referências da monarquia foram postas abaixo e ali em Lindenhof foi criado esse parque cheio de árvores (Linden, por isso o nome) para que todos pudessem ter um lugar acessível para sua recreação. O lugar é perfeito para piqueniques e aproveitar as sombras das árvores.
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A guia mostrando como era o "hotel para Reis" que havia em Lindenhof. |
- Descemos pela Schlüsselgasse até chegamos na Igreja de São Pedro, que é a primeira Igreja Protestante de Zurique e que abriga em sua torre o maior relógio de Igreja da Europa de 1.538. E do alto dessa torre era onde haviam sempre dois vigias para controlar focos de incêndio e lá ainda existe o quarto onde eles faziam os plantões. O esquema era o seguinte: quando era avistado um foco de incêndio, eles colocavam uma bandeira na direção, e assim todos os moradores partiam com baldes e toneis com água para ajudar a apagar o fogo. Por causa desse sistema que Zurique nunca sofreu um grande incêndio nos tempos medievais. Entramos rapidamente na Igreja para tirar algumas fotos.
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A torre da Igreja de São Pedro se destaca. |
- Continuamos nossas andanças até a Ponte Rathausbrücke, onde atravessamos o Rio Limmat, para conhecermos o outro lado do Centro Histórico. Ali conhecemos outras histórias da cidade, como o porquê de alguns símbolos nas fachadas das casas: onde havia um símbolo de cobra com martelo e boticão eram onde você poderia procurar atendimento para sua saúde, onde receberia os primeiros cuidados, ali tratavam desde dor de dente até doenças "simples". Passamos inclusive pela antiga casa onde Lenin morou, na Rua Spiegelgasse n. 14, enquanto viveu em Zurique. A casa não é aberta a visitação, mas há uma placa com a informação em sua fachada.
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Explicações em frente a antiga casa de Lenin. |
- Passamos pela Schwarzenbach, na Münstergasse 17, uma cafeteria bem antiga que ao fazer seu café perfuma toda aquela região e que é famosa pela sua variedade de grãos de café. A guia recomendou muito e lamentou por ela estar fechada no Domingo.
- Finalmente chegamos na Igreja Grossmünster, uma das maiores igrejas da cidade, em estilo romântico, de 1.100. Como chegamos na Igreja depois das 17h, ela já estava fechada. 😔 Ali a guia, conversou um pouco mais sobre as Igrejas e se despediu da gente.
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A Grossmunster vista da Quailbrücke. |
Mesmo com o tour tendo encerrado, atravessamos a ponte Quailbrücke para tentarmos ir até a Fraumünster, mas mesmo sendo antes das 18h, horário que ela fecha no verão, ela estava aberta apenas para quem estava convidado para o conserto que iria acontecer ali dentro, já que ela é famosa pelo seu órgão sinfônico. Uma pena. Mais um Igreja da cidade que não consegui ver.
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Sobre a Quailbrücke, observando o Centro Histórico de Zurique. |
Seguimos até a Münsterhof em busca de um lugar para descansar e comer alguma coisa, mas estava tudo fechado já. Achei isso bem peculiar na Suíça, poucas coisas ficam abertas até tarde.
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Münsterhof e a Fraumünster à direita. |
Resolvemos então fazer jus ao nosso
ZurichCard e pegar um transporte público até o estacionamento onde estava o carro. O google maps foi essencial para ajudar na escolha de qual trajeto e linha pegar.
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Interior do bonde de Zurique |
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Pagamos o estacionamento, que não foi nada barato, diga-se de passagem e fomos abastecer no posto Shell da Schaffhauserstrasse para podermos devolver o carro na locadora do aeroporto, pois dali seguiríamos para Roma, de avião. Mas isso, fica para os próximos posts. Não perca!!
Nós recebemos o
ZurichCard e o convite para o Walking Tour gratuitamente do Centro de Turismo da cidade e aprovamos seu funcionamento no transporte público. Se você for visitar a cidade, considere adquirir o passe, pois será uma "mão na roda" nas suas férias.
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