Desde 2000 e internet era novinha, eu usava a web para aprender e também escrever aqui e acolá. Foi assim na época da gravidez da Jade, onde conheci outras mães que estavam também vivendo a maternidade pela primeira vez. Dali saiu um projeto, o Blog Mamis, onde escrevíamos nossas dúvidas, mas que o tempo escasso acabou nos tirando a dedicação aquele cantinho e hoje resta a amizade com as meninas, antes num fórum aberto, depois num fórum particular, em seguida no facebook e então migrando para o Whatsapp. Aline faz parte desse nosso grupinho desde o começo e viajou com seu marido recentemente de moto, de Palmas até Brasília, deixando as crianças com a vovó pela primeira vez para sentir o vento no rosto depois de algum tempo dedicando-se aos pimpolhos.
E no post de hoje ela conta como foi a viagem e um pouco da rotina de membro de um moto clube: o Bodes do Asfalto.
"Meu nome é Aline e meu marido é membro do segundo maior motoclube do Brasil, o Bodes do Asfalto Moto Clube – facção Palmas. Para fazer parte desse clube, é preciso ser maçom. As esposas são chamadas “Cabritas do Asfalto” e também usamos coletes e camisetas, podendo, ainda, criar a Fraternidade Feminina Bodes do Asfalto.
Esse ano alguns membros da nossa facção combinamos de viajar para Brasília para participar do evento Brasília Capital Moto Week, que esse ano aconteceu entre os dias 21 e 30 de julho. Para isso, montamos um roteiro de viagem de 7 dias e aproveitamos para conhecer algumas cidades: Goiás, Pirenópolis e Alto Paraíso. Fizemos todo o roteiro de moto, percorrendo mais de 2 mil quilômetros nesses 7 dias.
Fomos em 4 casais. O ideal é que você use os equipamentos de segurança corretos. Vale também proteger o pescoço com um lenço porque venta muito. E prender os cabelos (eles ficam totalmente embaraçados se você deixar solto para fora do capacete). Para viagens em grupo, um motociclista vai na frente, é o guia, e ele é quem dita o ritmo da viagem. Os outros seguem o guia.
Nossa primeira parada foi em São Miguel do Araguaia, cidade que escolhemos apenas para dormir e descansar, a 500 km de Palmas, nosso ponto de partida. Ficamos no hotel Veredas do Araguaia. Quarto bom, limpo, com banheiro próprio e ar condicionado. Café da manhã gostoso e bem variado.
À noite, jantamos na Cabanas Pizzaria. Melhor que a comida foi a cerveja bem gelada e o atendimento de primeira. Já viram garçom abrir o bar pra você sentar antes mesmo da cozinha começar a funcionar? Pois é, o garçom abriu pra nós e nos deu atendimento de primeira. Nota 10 pro restaurante.
À noite, jantamos na Cabanas Pizzaria. Melhor que a comida foi a cerveja bem gelada e o atendimento de primeira. Já viram garçom abrir o bar pra você sentar antes mesmo da cozinha começar a funcionar? Pois é, o garçom abriu pra nós e nos deu atendimento de primeira. Nota 10 pro restaurante.
Acordamos cedo e partimos para Goiás, antiga capital do Estado de Goiás e terra de Cora Coralina, uma mulher fantástica e à frente de seu tempo. Conhecemos o museu Cora Coralina, passeio este que você não pode deixar de fazer (a casa dela é uma verdadeira viagem no tempo e conhecer sua história de vida é emocionante).
Museu Casa de Cora Coralina, em Goiás. Arquivo pessoal de Aline. |
Passeamos pelo centro histórico, almoçamos no mercado central e comemos o tradicional Empadão Goiano, a melhor empada que você respeita. Empadão Goiano, pra quem não conhece, é um prato típico do estado de Goiás, mas é nessa cidade que você vai comer o mais gostoso empadão do estado. À noite fomos em um dos vários barzinhos na Praça Brasil Caiado.
Em Goiás ficamos na pousada Chácara da Dinda. É uma pousada familiar, bem aconchegante, tem piscina (que nem ousamos entrar, pois estava frio pra caramba em Goiás). Os quartos são antigos, contudo bem conservados e o café da manhã é gostoso, mas pouco variado. A dona é uma simpatia, muito atenciosa e solícita.
Outros dois casais de amigos ficaram na Pousada Sinhá, um casarão antigo que foi totalmente restaurado. A impressão é a de que se volta no tempo nesse hotel que é puro charme. O hotel fica no centro histórico e não serve café da manhã.
Partimos para Pirenópolis. Lá visitamos o centro histórico, conhecemos a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, que pegou fogo em 2003 e perdeu praticamente tudo dos seus 300 anos de história. Hoje a igreja foi reconstruída e funciona como museu e igreja. Vale a vista. Muitos objetos foram recuperados pelos próprios moradores que entraram e salvaram peças antigas do altar.
Partimos para Pirenópolis. Lá visitamos o centro histórico, conhecemos a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, que pegou fogo em 2003 e perdeu praticamente tudo dos seus 300 anos de história. Hoje a igreja foi reconstruída e funciona como museu e igreja. Vale a vista. Muitos objetos foram recuperados pelos próprios moradores que entraram e salvaram peças antigas do altar.
Almoçamos no Restaurante Espaço Eco, um charme a parte. Comida caseira servida no fogão à lenha, decoração retro, além de possuir vasta cartela de cervejas especiais e artesanais. Pirenópolis é linda. Aconchegante, cheia de lojinhas de artesanatos e souvenirs locais, e para os amantes de cerveja, tem sua própria fábrica de cervejas artesanais, a Santa Dica. Aliás, o chopp dela é delicioso. Vale experimentar o de hibisco (além de saborear boa cerveja, ainda emagrece hahahaha).
Comida a lenha. hummmmmm Arquivo pessoal de Aline. |
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Ficamos hospedados na Pousada Vila Velha, bem no centro histórico. Pousada ótima, com bom café da manhã, piscina e bar. Tem o melhor café da manhã de toda a nossa viagem.
Aproveitamos para conhecer também o museu Rodas do Tempo, um museu dedicado aos veículos de duas rodas, desde bicicletas, veículos infantis até as motos mais desejadas. Nem preciso dizer o quanto os olhos dos maridos motociclistas brilharam nesse lugar!
À noite, fomos à rua do lazer, uma rua inteira de barzinhos badalados. Ficamos no bar Encontro Marcado, que tem atendimento de primeira (elogio especial ao garçom que nos atendeu super bem e entrou na nossa brincadeira), e um caldo de abóbora com carne seca simplesmente divino. Se você for lá, não deixe de experimentar.
Galera reunida. Arquivo pessoal de Aline. |
Em Brasília ficamos no hotel Bittar Inn, há 12km do evento e em frente ao Brasília Shopping. Lá deixamos a moto no hotel e fizemos tudo a pé ou de uber. O hotel é antigo, mas bem conservado, café da manhã adequado e, apesar de estar em uma área movimentada, os quartos são bem silenciosos. Apenas um casal de amigos não gostou: o quarto deles ficava embaixo da cozinha e às 5h começaram os preparativos para o café da manhã, com barulhos de passos que pareciam estar acontecendo dentro do quarto. Não dormiram mais depois disso.
Se você for a Brasília e gostar de motociclismo, visite a loja da Harley Davidson. Além das motos mais lindas, o lugar possui loja de acessórios e vestuários e conta com uma lanchonete com boa comida e bebida.
O Brasília Capital Moto Week é um evento que nos surpreendeu do inicio ao fim: muito bem organizado, sem tumulto ou brigas, com várias lojas e marcas bem localizadas e representadas, espaço para abrigar os motoclubes, inclusive com área de camping, e bons shows todas as noites. Não esperávamos tanta organização. Ao todo, o evento reuniu 680 mil pessoas e cerca de 300 mil motos durante os 10 dias. Para quem curte o motociclismo, vale muito a pena conhecer esse evento.
Mais uma da galera. Arquivo pessoal de Aline. |
Nossa última parada foi em Alto Paraíso de Goiás, cidade que fica dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e é considerada mística (muita gente afirma que vê naves espaciais e ETs por lá).
Ficamos na Pousada Alto da Chapada. A dona é uma menina, muito simpática e atenciosa. O hotel é todo novinho e bem organizado e limpo. O café da manhã não é muito variado, mas muito gostoso. À noite fomos ao Bar 22, que além do ótimo atendimento e música ao vivo de boa qualidade, tem a melhor e mais generosa porção de peixe frito.
No último dia, seguimos viagem a Palmas, nosso ponto de partida, parando para almoçar em Natividade, já no interior do Tocantins. Natividade é cidade histórica e terra do biscoito mais famoso do estado, o “Amor Perfeito”. Vale a pena experimentar.
Na estrada com o pessoal. Arquivo pessoal de Aline. |
No último dia, seguimos viagem a Palmas, nosso ponto de partida, parando para almoçar em Natividade, já no interior do Tocantins. Natividade é cidade histórica e terra do biscoito mais famoso do estado, o “Amor Perfeito”. Vale a pena experimentar.
Ano que vem vamos viajar novamente para Brasília, mas o roteiro será outro. Até a próxima!
😡😡😡😡
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