Serro é o décimo segundo município do Caminho dos Diamantes da Estrada Real, desde Ouro Preto até Diamantina. Com uma população de pouco mais de 21 mil habitantes, é famosa pelo seu queijo (o famoso queijo de Serro) e as belezas de suas cachoeiras (são mais de 100!!).
Quer conhecer um pouco mais sobre Serro? Vem com a gente que eu te conto como foi.
Em 1714, o arraial é elevado à vila e município de "Vila do Príncipe", em 1720 passou a ser a sede da comarca do "Serro do Frio", e apenas em 1838 foi elevada à cidade com denominação de Serro.
O ouro da região abundava nas proximidades dos córregos. Tempos depois, descobriu-se diamante na região de Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras e Diamantina. A vila cheou a difundir cultura e civilização para toda região.
Com o declínio da exploração, a maioria da população passou a se dedicas à pecuária e agricultura de subsistência. A falta de modernização e de novas alternativas econômicas ajudou na conservação do patrimônio histórico de Serro. Tanto que em a cidade foi tombada pelo IPHAN em 1938, tornando-se a primeira cidade a receber esse registro, antes mesmo que Ouro Preto.
TR4 Deadpool na Cachoeira do Carijó, em Milho Verde, Distrito de Serro. Agosto/2016. |
Quer conhecer um pouco mais sobre Serro? Vem com a gente que eu te conto como foi.
A História de Serro
No início do século XVIII, um arraial foi construído onde hoje é a cidade de Serro, pois ali criou-se um centro de exploração de ouro da região. Seu primeiro nome era "Arraial do Ribeirão das Minas de Santo Antônio do Bom Retino do Serro do Frio" (pequeno nome não?! rs). Os índios tupi-guaraná chamavam a região da Serra do Espinhaço como "Ivituruí" (Ivi = vento, Turi = morro, Huí = Frio).Em 1714, o arraial é elevado à vila e município de "Vila do Príncipe", em 1720 passou a ser a sede da comarca do "Serro do Frio", e apenas em 1838 foi elevada à cidade com denominação de Serro.
O ouro da região abundava nas proximidades dos córregos. Tempos depois, descobriu-se diamante na região de Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras e Diamantina. A vila cheou a difundir cultura e civilização para toda região.
Centro Histórico de Serro, visto do alto da Colina da Igreja do Rosário. Agosto/2016. |
Com o declínio da exploração, a maioria da população passou a se dedicas à pecuária e agricultura de subsistência. A falta de modernização e de novas alternativas econômicas ajudou na conservação do patrimônio histórico de Serro. Tanto que em a cidade foi tombada pelo IPHAN em 1938, tornando-se a primeira cidade a receber esse registro, antes mesmo que Ouro Preto.
Outro "patrimônio" da cidade é o "Queijo de Serro", cuja técnica de produção foi reconhecida pelo IEPHA como patrimônio imaterial. O queijo é branco, mais fino, e consistente, um pouco mais ácido, mas de sabor agradável. Muito bom, não deixe de experimentar.
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O que fazer em Serro?
Serro é uma cidade tombada, em meio à muito verde. Agrada tanto a amantes da História do Brasil, quanto aqueles que buscam o ecoturismo como forma de relaxar.Igreja do Rosário, a partir da Praça João Pinheiro. As crianças brincam livremente por ali. Agosto/2016. |
Estando na cidade, procure:
- Praça João Pinheiro, que fica numa parte baixa da cidade, em frente à Prefeitura, e de lá você poderá apreciar a escadaria de 58 largos degraus que te leva até a Igreja de Santa Rita e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
- Sobrado da Prefeitura, do Século XIX, foi construído para hospedar D. Pedro II, mas a visita nunca aconteceu.
- Igreja de Santa Rita, do Século XVIII, que fica no alto de uma colina, com uma escadaria desde a Praça João Pinheiro. Quando fui não pude ver seu interior, mas seu exterior é simples, bucólico, com uma torre central e um relógio, e o visual da cidade dali de cima é muito bonito. Nós vimos o por-do-sol dali, é muito bonito. É o cartão postal da cidade. Ali se celebra a Festa de São Sebastião do Serro.
Igreja de N. S. da Conceição. Agosto/2016 - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, do Século XVIII. É tombada pelo IPHAN, sendo uma das maiores igrejas barrocas de Minas Gerais, com as torres mais altas entre as igrejas coloniais mineiras. Não fomos visitá-la, apenas passando de carro na frente.
- Igreja de Nossa Senhora do Carmo, do Século XVIII, , em frente à Prefeitura, na Praça João Pinheiro, com uma escadaria a ser vencida (não tão grande quanto a da Igreja de Santa Rita). A fachada é simples, mas possui rica ornamentação interna. Também estava fechada quando fomos 😞.
- Igreja do Bom Jesus do Matosinhos, do Século XVIII, onde acontece a Festa do Divino Espírito Santo.
- Museu Regional Casa dos Ottoni, ocupando uma construção do século XVIII e abriga um acervo formado de imagens de arte católica. Funciona de terça a sábado (10h às 18h) e domingos e feriados (9h às 12h) na Praça Cristiano Ottoni n.72.
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que fica no distrito de Milho Verde, do século XIX. A sua beleza e simplicidade se une a paisagem, realmente muito bonito.
- Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, fica no distrito de Milho Verde, do século XVIII, tombada pelo IEPHA/MG.
- Capela de Santa Tereza, do final do Século XIX, compõe um conjunto, juntamente com a Santa Casa.
- Chácara do Barão do Serro, construída na segunda metade do século XIX.
- Casa do Barão de Diamantina, do século XIX, hoje abriga uma escola.
- Casa de Pedro Lessa, do Século XIX, onde hoje funciona uma Pousada.
- Pico do Itambé, a 22km do Centro de Serro, com 2.002m de altitude na Serra do Espinhaço, entre os municípios de Serr e Santo Antônio do Itambé;
Por-do-sol pelas ruas de Serro. Agosto/2016 - APA das Águas Vertentes, preservando o cerrado, sendo a região um vertedouro natural para todo o Rio Jequitinhonha e Rio Doce;
- Cachoeiras, são mais de cem cachoeiras no município. As mais procuradas são Carioca, Malheiros, Moinho de Esteira, Carijó, Cascatinha, Tempo Perdido (acesso cobrado e estacionamento cobrados).
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Igreja Nossa Senhora do Carmo, na Praça João Pinheiro. Agosto/2016 |
Serro na Estrada Real
Para aqueles que são caçadores de carimbo de passaporte como nós, siga para os seguintes pontos:
- Pousada da Mariana, na Praça Teófilo Otoni, n.44
- Centro de Atendimento ao Turista, na Rua Nagic Bahmed, n.03
Nós carimbamos o nosso passaporte na Pousada Mariana, onde nos hospedamos. E no próximo post conto como foi a hospedagem por lá. ;)
Igreja N. S. do Carmo e a Igreja do Rosário no Centro Histórico de Serro. Agosto/2016 |
Nossa experiência em Serro
Nós chegamos por volta das 15h em Serro, depois de dirigir por 80km do Caminho dos Diamantes, desde Conceição do Mato Dentro. Nós fomos fizemos nosso check-in na Pousada Mariana, e fomos almoçar no Restaurante Rancho Serrano, em frente a Pousada. A comida é simples, mineira, não estava espetacular até porque já eram 15h e não estava fresca por causa do horário (R$29,99 o quilo - em Agosto/2016).
Restaurante Rancho Serrano. Agosto/2016. |
Voltamos para descansar e um pouco antes do jantar fomos dar uma volta a pé no Centro Histórico, para ver a famosa Igreja do Rosário e sua escadaria e fomos até a Santa Casa, que possui uma bela arquitetura, mas chegamos lá já estava bem frio, pois ela fica num vale e voltamos "correndo" (na medida do possível porque o cansaço bateu rs) para procurar um local para jantarmos e fomos no Barzinho Dodoia e Júnior (Rua Fernando Vasconcellos, n.240). O local é simples, pois funciona na casa de uma família. Você se senta numa das salas e pede uma carne e vai até a cozinha se servir dos acompanhamentos. Olha, foi a comida mais gostosa que encontrei desde Ouro Preto, simples, deliciosa e barata (R$13/adulto o almoço ou jantar, em Agosto/2016). Não deixe de ir conhecer quando estiver em Serro.
Jantar no Barzinho Dodoia e Junior, em Serro. Agosto/2016. |
Depois, de barriga forrada, finalmente dormimos, afinal, o dia seguinte partiríamos rumo a Diamantina, passando antes por Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras, dois distritos de Serro conhecidos por suas cachoeiras e a beleza de suas paisagens.
Dica do Yann Lesaffre procurem o Sr Túlio Madureira para comprar seu queijo, segundo ele os queijos são realmente incríveis.
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